quinta-feira, 28 de novembro de 2013

URUGUAY NATURAL...BOM EXEMPLO


20 anos atrás, ou mais, talvez , quando cunharam este termo soou estranho, uma jogada de verão.

Ficou, durou, e hoje é cobrado do governo ou de quem quer que proponha algo que não cadune com este compromisso.


CLÁUSULA PÉTREA, garantia de valor ....
Natureza, meio ambiente, cultura são os alicerces do Turismo, da Economia. Uma decisão política manter o que o marketing oportunamente soube captar e propor.
Lugares que tem raiz e beleza propria, tem personalidade, são raros hoje em dia. A globalização favorece a estandartização. Quem tem este patrimônio, tem que apostar alto e bancar o jogo.
Garopaba tem estes ingredientes, temos a receita, vamos acreditar:
GAROPABA NATURAL!!!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

OPEN HOUSE, OPEN HEART, OPEN MIND

Psicanálise e autocrítica de seu próprio jardim, assim fez Thomas M. Rainer, numa matéria publicada no NY Times.


Interessante o desnudar-se, a total exposição de seu trabalho e, principalmente, de seu lar.
Ele, professor universitário e influente blogueiro, sagaz nas suas análises e destemido questionador.





Se não escrevesse muito bem, e se não tivesse tanto argumento e objetividade, seria um "pentelho".



Mas como seus ensaios são bem estruturados e inteligentíssimos, sacode e agita este mercado tão acostumado a verdades incontestáveis.

Parabéns pela coragem, pela coerência, pelo espírito universal, humanista, Thomas !

NÃO É VERDADE...

As palavras não cansam, não são banalizadas por serem repetidas a exaustão. Não deixam de ser ouvidas por se tornarem recorrentes.

O que cansa, ou nunca se tenha tido a energia suficiente, é falar sem sentir, falar além da capacidade de se aguardar a resposta, falar sem convicção, falar sem amor. Falar com pressa ou ansiosamente cansa.


E cansa, da mesma forma, ouvir com os mesmos estados de ânimo.

Então não culpemos as palavras e saiamos à cata de novas para repaginar a comunicação, para vendermos nosso peixe...

Vamos nos preocupar com a verdade, com o olhar, com a essência, e prestar a atenção na capacidade de sentir, ouvir do nosso interlocutor.
Sem pressa. A velocidade e densidade da troca será ditada pela nossa capacidade de perceber esta abertura.

Nunca escrevi nada sem uma foto, sem uma imagem. estava incomodado com isso, que, para, manifestar uma opinião, vender meu peixe, utilize sistematicamente o facilitador, o abre-alas do apelo visual.

E escrevo isto me dando conta da necessidade de estabelecer padrões diferenciados de comunicação. Isto porque acredito que me encontro num diálogo coletivo, onde sinto que as pessoas, na sua maioria, estão receosas de ousar, mudar, sair da zona de conforto.

Não são as palavras que cansaram, nós é que temos receio de ouvi-las plenamente.

SUS-TEN-TA-BI-LI-DA-DE-....
Não vamos dizer que se fala em demasia esta palavra.
Vamos ouvi-la diferentemente, como numa música, são somente 7 notas...E um infinito de composições e sentimentos.

Dizê-la e ouvi-la sem preconceito, sem ansiedade, sem medo, com sentimento, com crença, com o coração.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O QUE FAZER PARA PRESERVAR SEM SER PENALIZADO ?


Um brasileiro que tem terras e não as cultiva, ou é preguiçoso ou é maluco...

Assim pensamos quase todos os da cidade, os que não têm terra, a imprensa, os políticos.

Houve um tempo, bem remoto, onde a mata era abundante, as cidades sem violência , a população rural predominava, era um pais rural.

E a mata, um entrave ao crescimento... E durou, e perdura ainda esta cultura. O próprio governo estimulou o desmatamento, financiou.



Só com as cidades saindo do controle e com o êxodo rural idem, e sem planejamento e políticas que fixassem o homem no campo, se cristalizou o descalabro.

E muita mentira, muita propaganda daninha, fez o homem da cidade acreditar que era preciso expoliar o campo, para a sua viabilidade.

E leis foram e vem sendo criadas para frear este dano. Só que estas leis não consideram um brasileiro bom, moral, preservacionista. Não contemplam o cidadão que cuida, que não cortou o mato.

O vizinho, que faz tempo não é produtor, mas planta uma lavourinha a meias, em parceria, só para não deixar o mato tomar conta... Vai limpando, com cabras e foice, abrindo clareiras, e mais uma lavourinha...

Vendo de longe, eta pais agrícola, trabalhador. Vendo de perto, esperteza. E é a saída para  quando for a hora, fracionar a terra, vender, virar sítios, condomínio, ou extensão da cidade.

O que preservou até pode cortar se esta hora chegar para ele também. Mas a conta vai ser pesada, injusta!

Não que não tenha que ser paga, mas não é moral a terra que foi limpa para agricultura, ou não, ser beneficiada.

Um mecanismo de compensação, que existe, mas não é bem calculado, deveria equiparar estas terras.

O custo de urbanizar uma terra limpa, que foi manejada há anos para receber esta transformação, seria remunerar aquele que preservou.

Hoje eu faço um condomínio numa área limpa que, digamos, valha R$ 100.000,00 o hectare. Vale porque está limpa. A com mato, ao lado, vale R$ 20.000,00.

Um imposto ambiental deveria transferir esta renda. Sim, renda! A terra preservada rendeu oxigênio, preservação da fauna, retenção de água no solo, equilibrou a temperatura, filtrou o ar,...SUSTENTOU a outra.

E justo seria que a indenizasse. Tanto na renda, quanto no valor ao vender.

Mas nos mentimos, tem um monte de leizinha que isenta a terra preservada... Piada, nem de perto remunera o SERVIÇO AMBIENTAL que presta! E o dono tem que fazer projeto, pagar laudo, e esperar para um burocrata, no ar condicionado, dar sua aprovação.

Pelamordedeus! O Estado tinha que agradecer por cidadãos estarem fazendo o papel de preservar, tinha que ele Estado fazer um levantamento e isentar, compensar, equilibrar esta equação injusta.

Ah, o pais é continental... Outra mentira. O custo desta injustiça está vindo e virá maior ainda. Agora é cedo e barato darmo-nos conta desta conta a ser paga.

E, para os que esperam do mercado tudo, um caminho.

Imprensa, formadores de opinião,  urbanistas e planejadores urbanos criarem regras e produtos que sinalizem que ensinem ao consumidor o que é bom o que é SUSTENTÁVEL.

E este, ao decidir comprar, pagaria cada vez mais por produtos com mais verde.

Este dia vai chegar, mas está distante. O terreno vazio e o mato do meu vizinho faz parecer que meu terreno é maior, que minha casa vale mais... É a materialização desta injustiça.

Mas, como disse, a conta vai chegar. O dia que tudo estiver construído, vamos nos dar conta que não vale tudo isto... E aqueles que preservaram, serão valorizados. Mas bota tempo nisto!

E aqui, na Garopaba, basta imaginar o Morro da Ferrugem, o da Silveira, o Ambrósio, a Encantada, o Macacú, todos loteados e construídos.

Quanto valerá um lote? Quanto valerá Garopaba?

*Artigo publicado no portal ClickGaropaba.com.br

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

PAISAGEM NATURAL: INDECIFRÁVEL, TE DEVORARÁ !



Que delícia folhear este trabalho da Amália.

Região extremamente valorizada, pois nesta faixa litorânea vem se implantando grandes empreendimentos imobiliárias.

Esta vegetação, levantada e utilizada pela autora, acontece em toda nossa região sul do Brasil também. Beiras de estrada, lagunas, terrenos baldios, morros, dunas. 



Passamos, ignoramos estas maravilhas , composições florísticas de um habitat frágil, delicado. Patrolamos e aterramos, implantamos jardins artificiais que lutam e teimam em sobreviver nestas condições de solo e clima limitantes.

E vamos erodindo este material genético...
E acabando com a paisagem natural, com as referências.

Em contrapartida, adoramos nas viagens a Patagônia, a Toscana, a Provence...

Urgente: valorizarmos, entendermos e respeitarmos esta riqueza! E implantar de forma generosa empreendimentos de baixa densidade e de atquitetura sustentável, AMIGÁVEL.

Gracias, Estudio Amalia Robredo, por esta brisa que veio do sul...O VENTO MINUANO, que passa por aí sempre mudou o tempo para nós gaúchos brasileiros. que venha a VIRAÇÃO, VIRAZÓN...

Estudio Amalia Robredo: http://bit.ly/1aF5wd0

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

BRASIL, UM PAÍS CONTINENTAL



Cada vez mais o agronegócio se torna mais eficiente, economicamente.
Foi-se a época do subsídio, dos gigolôs de vaca. 
Quem não for eficiente, está ficando para trás.

Legal, parabéns!!!
Já que as contas se endireitaram, tão levando o PIB nas costas, quem sabe aproveitamos que também mandam no Congresso, e dão uma aprimorada na RESERVA LEGAL?




Fazer dela, além de um manancial da biodiversidade, um manancial cultural.
Explorá-la sem expoliá-la. E fazendo a sua estética natural permear propriedade adentro. Corredores verdes, banhados valorizados, um jardim. Que as lavouras e potreiros façam parte harmônica de um conjunto maior, como as paisagens do mundo mais desenvolvido.

Um plano diretor para as paisagens. 
Certamente agregará valor, virá o AGRO e o ECOTURISMO atrás , e a região DEMARCADA.
BIOMAS virando MARCA, garantia de valor.
TOSCANA, PROVENCE, PATAGÔNIA, NORMANDIA, TIROL, .....
Porque não PANTANAL, CERRADO, PAMPA, SERRA DO MAR? Mas não é só Parques e APP's, é toda a área rural vestindo a camiseta, exibindo suas características , sua NATUREZA.

Neste post, uma intervenção de Estudio Amalia Robredo, que integra o parque da propriedade a paisagem pampeana. Com personalidade, com distinção, mas com respeito.
Vale mais um espaço assim, um turista se encantará, o que produzir ali terá um diferencial. Acabará o morador da região se orgulhando de pertencer a esta paisagem, MEXE COM A AUTO ESTIMA!!!


OUTSIDE -IN


Volto ao tema rigidez do canto marcado.
Como a supressão de um simples pilar ou a não marcação do canto com a esquadria deu leveza, trouxe a PAISAGEM para dentro .
E esta leveza também traz qualidade a fachada, deixa o prédio mais integrado, mais transparente. Prédios com reentrancias bem desenhados não ferem, não seccionam o vazio. Se encaixam nele, se abraçam.



Custa um pouco mais?
Sim.
Mas o benefício supera. Este termo custo-benefício , banalizado, deveria ser mais percebido. Se sabe, se entende, mas não é sentido.
Deveria entrar pela pele...
Fecha-se os olhos e se decide!

O estilo brutalista ou mesmo a casa BOX não impedem de se aliviar os cantos, é uma receita LUGAR-COMUM blocarmos exageradamente os volumes.
Pretendendo ser contemporaneos, abrimos mão de visuais rasgados, de leveza.
A viseira só se justifica onde o vizinho está encostado...

Proposta: GENEROSIDADE, AMIGABILIDADE da ARQUITETURA para com o MEIO AMBIENTE!