quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A BELEZA INDIVIDUAL E A COMPOSIÇÃO


Não é fácil montar um Barcelona, um Chelsea.

Tem que ter um artista por trás, mais do que um técnico, um artista. E mantê-los coesos, mostrando todo seu potencial, mais difícil ainda.

A beleza individual quando agrupada idem, requer muita sensibilidade.
Por isto museus são generosos no vazio, separam épocas, fases e seus autores.
Espaços que conseguem amealhar alguns expoentes passam trabalho para aproximá-los.
O vazio e os elementos de fundo mais neutros são tão fundamentais quanto, porque a beleza passa a ser percebida pelo seu conjunto. Quando o olhar para num indivíduo aí sim se deleita.



Mas não pode ser um olhar que saltita, que pula quadro-a-quadro. Dá uma bailada e, no timing apropriado, dá uma pirueta, faz um movimento extraordinário. Como no balé, tem que ter vazios e suavidades, de repente, uma surpresa. Como na música. Se não, vira circo, vira cacofonia.

E precisa de um público que aprecie, que entenda. A estética do deserto não é  a mesma da floresta tropical, quem só conhece uma tem dificuldades de apreciar a outra. Mas , sem dúvidas percebe quando está diante de uma obra prima.

Pode ser difícil acordar todos os dias numa sala renascentista, ou barroca. Mas , de vez em quando, poder apreciar, ensina muito. Resumindo, muito expoente junto, cansa. É bom de vez em quando e também quando não pagamos a conta. Eles mesmos, não se aguentam. Quando termina um jogo, cada um pega o seu jatinho e vai para o seu mundo. Não saem para o buteco abraçados comemorando a vitória.

Nenhum comentário:

Postar um comentário