Não é fácil montar um Barcelona, um Chelsea.
Tem que ter um artista por trás, mais do que um técnico,
um artista. E mantê-los coesos, mostrando todo seu potencial, mais
difícil ainda.
A beleza individual quando agrupada idem, requer muita
sensibilidade.
Por isto museus são generosos no vazio, separam épocas,
fases e seus autores.
Espaços que conseguem amealhar alguns expoentes passam
trabalho para aproximá-los.
O vazio e os elementos de fundo mais neutros são tão
fundamentais quanto, porque a beleza passa a ser percebida pelo seu conjunto.
Quando o olhar para num indivíduo aí sim se deleita.
Mas não pode ser um olhar que saltita, que pula
quadro-a-quadro. Dá uma bailada e, no timing apropriado, dá uma pirueta, faz um
movimento extraordinário. Como no balé, tem que ter vazios e suavidades, de
repente, uma surpresa. Como na música. Se não, vira circo, vira cacofonia.
E precisa de um público que aprecie, que entenda. A
estética do deserto não é a mesma da
floresta tropical, quem só conhece uma tem dificuldades de apreciar a outra.
Mas , sem dúvidas percebe quando está diante de uma obra prima.
Pode ser difícil acordar todos os dias numa sala
renascentista, ou barroca. Mas , de vez em quando, poder apreciar, ensina
muito. Resumindo, muito expoente junto, cansa. É bom de vez em
quando e também quando não pagamos a conta. Eles mesmos, não se aguentam.
Quando termina um jogo, cada um pega o seu jatinho e vai para o seu mundo. Não
saem para o buteco abraçados comemorando a vitória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário