domingo, 11 de agosto de 2013

CAPINS E UMA NOVA ESTÉTICA MUNDIAL


Como um AZARÃO pretende ganhar esta carreira.

Capins...Gramíneas é mais requintado.
Porque tão presentes, tão na moda ?

Acho que o período de dominação sobre a natureza, materializado em topiarias, podas e bolinhas está se enfraquecendo. Um tanto por cansaço visual, outro tanto por questões de dificuldade de conservação e, gostaria que fosse a causa maior, por uma busca de paisagem mais natural.


Vivero San Gabriel a La Vanguardia, do Chile, especializado em espécies 
para composição natural de paisagens, capins e outras herbáceas. 
Na foto Aristida pallens, gramínea de ocorrência também aqui no sul do Brasil.

Mas, aposto mais em que a atual Arquitetura, limpa e de volumes fortes e definidos, pesada ou leve, se beneficia de um entorno relaxado. Areia, pedras, vazios, campo, vegetação tortuosa e abandonada, capins balançando ao vento, tudo isto faz com que a obra implantada seja uma descoberta, uma jóia. Como uma pérola numa concha.... Espertos os arquitetos....Tudo bem.


Adam Woodruff, excelente fotógrafo e paisagista, ensina a olhar 
e compor com capins e herbáceas. Como ganha esta escultura 
ao contracenar com um campo desenhado de forma natural!

Muita desta arquitetura sendo gerada em áreas de grandes vazios rurais, como na Australia, Chile, México, Portugal, etc... encontram  esta paisagem natural. E dá-le divulgação de revistas e sites de Arquitetura  & Design... Nunca tanta gente olhou e entende tanto destas matérias, nestes tempos de internet.

Daí tanta planta destas regiões à venda nas floriculturas e no imaginário paisagista, plantas de locais distantes, longínquos, não ocupados. O Fim-do-mundo... E os capins simbolizam muito bem esta condição de rusticidade e bravia resistência.


São Paulo Fashion Week, espaço mais emblemático do 
design & consumo no Brasil, se rendeu a naturalidade da fibra. 
Como ganha destaque a sinalização moderna e polida 
no meio da simplicidade da piaçava.


Talentosos e engajados paisagistas estão pesquisando, coletando, 
multiplicando e apresentando esta nova estética, Amália Robredo,
acá cerquita no Uruguai, um expoente.

Neste caldo vem ganhando consistência esta NOVA ESTÉTICA da PAISAGEM NATURAL. 
Aliadas ao modismo da "Arquitetura clean", estão as questões do desgaste do jardim formal e caro de manter, mas corre por fora o AZARÃO  com crina sem cortar, cheio de carrapicho e montado "DE EM PELO".... Nome dele: PAISAGISMO SUSTENTÁVEL !


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