segunda-feira, 29 de julho de 2013

CAIU UM BOTÃO AQUI, OHHH....


Tentando compreender um anacronismo da nossa urbanização.

Casas a beira d’água...que drama!
Começamos este país a partir da costa, tudo acontecia através deste fluído. Do acesso físico à eliminação dos efluentes...
Quando éramos poucos, a densidade não representava problema. O dano era  diluído...ao intensificarmos a urbanização o quadro se configurou: insustentável.

Qual o critério para proibirmos de forma absoluta a atual ocupação?
Preservar a qualidade da água....este quesito poderia ser atendido com modernos equipamentos de tratamento dos efluentes, e a determinação de parâmetros de ocupação... Preservar a infiltração e evitar erosão e consequente assoreamento dos cursos d’água...com uma boa técnica de engenharia poderia ser equiparado a condição natural... Preservar a biodiversidade  e  a disseminação das espécies, tanto na área em si quanto ao deslocamento através destes corredores verdes....aí qualquer ocupação é danosa !





Para preservarmos a biodiversidade, a mata ciliar deveria ser maior do que hoje discutimos. Deveríamos estar brigando por grandes áreas de preservação e largos corredores verdes interligando. Parques nas cidades, uso de nativas nos paisagismos, retenção da água da chuva parametrizada....ou seja, atacar o todo, o macro! Como é mais complexo, ficamos brincando no varejo.

Sou a favor da urbanização a beira d’água, com toda a técnica necessária, e que se definam índices que amparem esta ocupação. Que se cobrem taxas ambientais , que se permita o acesso democrático a estes recursos naturais através de parques públicos.
Como nas cidades, há uma ocupação baseada no poder aquisitivo, minimizado por Planos Diretores e mecanismos tributários que tentam compensar esta desigualdade. Sem sucesso...E aí, de forma hipócrita, dizemos que à beira d’água, não!!! Nem pensar.

Tolice....Acaba-se com o pedágio sem o menor sentido cobrado pela Marinha, bilionário.....
Planeje-se os espaços a serem preservados e suas interligações e os espaços públicos,
Zoneie-se a área a ser urbanizada com índices pensados por técnicos e se criem mecanismos tributários que façam uma transferência de recursos desta urbanização às áreas públicas.

Se vai poder andar de iate ou pedalim, é outra questão....
Mas é conveniente regrar antes....Para evitar a disputa que temos hoje nas vias urbanas entre o interesse privado e o coletivo. Não podemos, seja por hipocrisia que nega a desigualdade social abismante, seja pelo trabalho hercúleo que dará regrar este trem.......nos mentirmos que somos ecológicos....

Particularmente prefiro não ver e ouvir motores....mas também preferiria ver bicicletas e metrôs....parques e corredores com ciclovias...trapiches e crianças brincando....barcos-a-vela e a remo coalhando rios e lagos. A medida que nos afastamos da cidade, mata virgem e raras intervenções que permitam o acesso público.

MUITO TRABALHO, MAS MUITO TRABALHO PELA FRENTE! A vantagem é que hoje temos uma consciência dos problemas maior.

Enquanto se discute, começamos acabando com o dízimo da Marinha, uma piada!
Isto sim, ANACRONISMO!

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