Pode acontecer por vários mecanismos da
CONSCIÊNCIA, individual ou coletiva.
Pode vir pela porta do coração, pela
porta da pele, pela porta e janelas da mente, algumas com grades.
A monocromia nos revestimentos, a
geometria na disposição do mobiliário, a repetição carimbada dos mosaicos
pop-arteanos agora em P&B, os livros milimetricamente empilhados ou
preenchendo lacunas...ainda ditam a nossa casa, nossas vidas. Tem cor
acontecendo, timidamente. Ok, tem "clássicos", tem jóias, tem
sutilezas, teve sua razão de acontecer. Veio para derrubar conceitos antigos.
Veio para mudar e mudou um tempo, um mundo.
Este mundo cansou, fatigou...pede cor e
desordem natural, pede descontração e aconchego, o intelecto e o refinamento da
arte com mais alma.
Pede cheiros e objetos com história
própria, pede ouvir os anseios do homem. Chega de consumismo, terra-arrasada,
padrões estéticos globais! Só eu que acho cômico todos de preto numa festa? As
araras de lojas elegantes...Os pátios das montadoras...As prateleiras dos
eletrodomésticos...Cor, mais cor !
Se fosse uma neutralidade e discreção
que visasse se contrapor ao natural, ao caos e exuberância desta,
valorizando-a, ok. Mas este acinzentado mórbido e com riscado sóbrio é um culto
a um intelecto presunçoso que nega a natureza. Convenhamos, nos demos uma
importância indevida por um tempo demasiadamente prolongado.
Poluímos e gastamos recursos naturais
exatamente por termos esta postura egoista, presunçosa..
Relaxemos, pintemos com cor as cidades,
com arte!
Ouvindo nossas necessidades, que são
diversas.
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